Especialista alerta para interferência de produtos para a pele nos resultados de exames de glicemia

Dra. Maria Inês Harris, especialista em segurança cosmética, comenta a importância de lavar bem as mãos para a realização do teste glicêmico

São Paulo, 10 de setembro de 2019 – O monitoramento do índice glicêmico é extremamente importante no controle da glicemia e diabetes, impactando diretamente no tratamento dos pacientes que lidam diariamente com a condição. Ao fazê-lo, é necessário contar com a maior precisão possível nos exames, para que sejam mensurados os índices de açúcar no sangue assim como quaisquer mudanças no quadro do paciente.

“Ao checar os níveis de glicose no sangue por meio de um exame de sangue, é possível fazer uma leitura sobre o organismo no que tange ao seu funcionamento endócrino e sua resposta aos alimentos consumidos na dieta diária. Ao extrair a gota de sangue para umedecer a fita reagente para realização do exame de glicose, deve-se estar com o dedo livre de quaisquer cremes e loções, para garantir que a taxa seja indicada com a maior precisão possível”, recomenda a Dra. Maria Inês Harris, Diretora Executiva do Instituto Harris e especialista em avaliação de segurança da área cosmética.

Um estudo sobre o impacto de loções e cremes para o corpo no exame de glicose aponta que o uso tópico da hidroquinona, largamente utilizada em produtos voltados ao clareamento de manchas na pele, pode interferir no resultado final. A diferença foi significativa e persistiu após 60 minutos da aplicação inicial do produto.

“Neste caso, os índices glicêmicos podem apresentar níveis falsamente elevados, interferindo no diagnóstico e levando ao monitoramento errôneo da condição”, ressalta a Dra. Harris.

A hidroquinona é utilizada como principal ativo para uso profissional de tratamentos estéticos de clareamento gradativo de manchas como melasmas e melanoses solares. Apesar de a hidroquinona ser proibida em produtos cosméticos no Brasil, na Europa e em algumas localidades da Ásia, ainda há muitos produtos no mercado contendo essa substância.

É importante frisar que não é o uso do produto na pele do rosto ou do corpo que pode interferir no resultado do exame de glicemia sanguínea, e sim a presença do ativo na região em que se fará o exame, geralmente nos dedos. A contaminação pode ocorrer quando a pessoa usa as mãos para passar o creme no corpo e não as lava bem antes do exame.

Sobre a Dra. Maria Inês Harris – Diretora Executiva do Instituto Harris, a Dra. Maria Inês Harris é Química, com Ph.D. em Química (UNICAMP) e Pós-Doutorado em Toxicologia Celular e Molecular de Radicais Livres (UNICAMP) e em Lesões de Ácidos Nucleicos (CNRS, França) e é certificada no curso “Avaliação da Segurança dos Cosméticos na UE” (Universidade de Bruxelas, Bélgica). Atuou como gerente técnica de Pesquisa Clínica na Alergia Pesquisa Dermatocosmética, gerente de segurança de produtos da Natura e especialista em métodos HPLC (High Performance Liquid Chromatography) na Alcon Laboratórios. Também foi professora do Curso de Especialização em Cosmetologia das Faculdades Oswaldo Cruz (São Paulo) por 19 anos e coordenadora de Pesquisa Institucional da Universidade Bandeirantes (atual Anhanguera) no Brasil. É autora dos livros “Pele – Estrutura, Propriedades e Envelhecimento” e “Pele – do Nascimento à Maturidade”.

Sobre o Instituto Harris  Exclusivamente voltado à avaliação de segurança dos ingredientes e produtos cosméticos – desde seu desenvolvimento até a produção –, assim como à consultoria científica e aos programas de treinamento e capacitação profissional relacionados às Boas Práticas da Fabricação (BPF), o Instituto Harris é referência em serviços de avaliação de riscos. Sua equipe experiente oferece suporte às atividades de criação de ativos e de produtos cosméticos desenvolvidos sob os mais altos critérios de segurança, sem o uso de testes em animais, para empresas nacionais e internacionais. Para mais informações, acesse o site, FB, Instagram e Youtube, ou entre em contato pelo tel. (11) 3129-5398 ou e-mail contato@harris.com.br.